A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada pela Câmara de Vereadores para investigar possíveis irregularidades no Parque de Máquinas do município ouviu mais duas testemunhas na manhã de sexta-feira.
Na ocasião, dois servidores municipais deram depoimentos e forneceram informações importantes sobre o funcionamento do setor na administração passada.
– Um dos servidores documentou a denúncia do uso irregular de uma prancha, inclusive anexando foto – disse o presidente da CPI, Juliano Soares (PSDB), Juba.
Esse funcionário foi cargo de confiança no primeiro governo de Cezar Schirmer (PMDB) e passou em um concurso na segunda gestão peemedebista, quando se tornou operador de máquinas da pasta de Obras.
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Atualmente, ele está lotado em outra secretaria.
Segundo Juba, o operador de máquinas forneceu informações que a CPI julgou relevantes e poderá ser chamado novamente.
Já a segunda testemunha ouvida na sexta-feira é um servidor com 34 anos de trabalho no controle documental de veículos, setor ligado à Secretaria de Gestão e Modernização Administrativa.
Como responsável pela documentação de todo o maquinário e transporte de veículos, o funcionário contou em detalhes como funcionava o Parque de Máquinas.
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– Ele estranhou a aquisição de duas máquinas chinesas sem documentação. Por isso, elas não poderiam trafegar nas ruas.
A prefeitura teria que contratar pranchas para transportá-las, o que geraria prejuízos ao erário – relatou Juba sobre o segundo depoimento.
Na lista de pessoas a serem ouvidas estão o ex-secretário de Infraestrutura, Obras e Serviços (atual pasta de Infraestrutura e Serviços Públicos) Tubias Calil e o secretário adjunto da pasta Alexandre Flores Brasil.
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O depoimento deles está previsto para 5 de novembro, data marcada pela CPI para encerrar essa fase. O ex-secretário Calil sempre negou o sucateamento do Parque de Máquinas.
Antes disso, ainda serão ouvidas mais 12 testemunhas, sempre nas quartas-feiras. A próxima audiência está marcada para quarta-feira, às 14h, com mais quatro pessoas.
O presidente da CPI acredita que, se o calendário for cumprido à risca, os trabalhos poderão ser concluídos até o final do mês de novembro.